Quanto vale sua hora de trabalho?
Dois custos parecidos porém totalmente diferentes, que envolvem qualquer colaborador de uma empresa, seja ele funcionário, empresário ou autônomo.
Primeiramente temos o custo efetivo, quantificado pela despesa da empresa com um colaborador, independendo o seu regime de contratação e obrigatório ser do seu conhecimento.
No custo efetivo você deve incluir todos os gastos diretos que a empresa tem com o colaborador, custos esses que vão desde encargos, provisões de 13º, custos rescisórios e até gastos com cestas de natal, plano de saúde, e demais custos vinculados ao colaborador. Você deverá estipular a despesa mensal desse colaborador e a provisão mensal necessária para cumprir com as obrigações futuras, as despesas não mensais.
Eu vim aqui mesmo para falar do outro custo, o custo real cada colaborador. Caso você tenha interesse em apurar o custo efetivo veja o nosso controle de gerenciamento de custo de equipe, onde você poderá obter mais detalhes.
Primeiramente, vamos montar um cenário, onde todos os colaboradores da empresa são 100% ocupados com demandas de trabalho, o que provavelmente deve ser a realidade do seu negócio, visto que mesmo que a rotina diária do colaborador não esteja lotada sempre temos trabalho a mais a fazer no desenvolvimento do negócio.
Então, quanto vale a hora de trabalho do colaborador desse cenário?
O custo real desse trabalhador é simplesmente o quanto ele produz, você não vai achar esse custo nas suas despesas, mas sim na sua receita! TODOS os colaboradores da sua empresa contribuem na formação da sua receita, direta ou indiretamente, até mesmo a copeira da sua empresa contribui para a receita!
O cálculo do custo real deverá ser realizado dessa maneira, primeiramente você deve apurar o custo efetivo de todos os colaboradores da empresa, da força de trabalho inteira, incluindo terceirizados, consultores e sócios (utilizar para o cálculo pró-labore e retiradas de lucro para sócios).
Ache a sua participação mensal do custo efetivo, se seu custo efetivo é R$ 10.000/mês e o custo efetivo de toda a força de trabalho é R$ 300.000/mês, sua participação no custo efetivo da força de trabalho será de 3,34%.
Aplique sua participação (%) sobre a receita bruta da empresa. Sendo sua participação de 3,34% e a receita bruta da empresa R$ 750.000, o seu custo real mensal será de R$ 25.050.
Divida seu custo mensal pelas horas trabalhas no mês, horas reais, sem DSR e com horas extras. Se você trabalha 200h/mês, então o custo da sua hora será de R$ 125,25.
Lembre que o custo deve ser calculado pela receita, e não pela despesa. Se para o cálculo anterior fosse utilizado o custo efetivo (despesa), sua hora de trabalho seria apenas de R$ 50,00, o que não é a realidade.
Você entende agora a diferença? Esse é o custo da hora de um colaborador, imagine uma reunião de 10 pessoas, com supervisores, coordenadores e diretores, preste atenção o quanto custa cada hora dessa reunião, o quanto você gasta com uma reunião que se prolonga desnecessariamente em mais uma hora com essas 10 pessoas “caras”.
Isso é tão verdade que nós da EC com nossas planilhas vendemos nossos controles para pessoas que sabem fazer essas planilhas, muitos dos nossos clientes não compram nosso conhecimento técnico aplicado no controle, mas compram o tempo, pois o custo de aquisição da planilha é muito mais barato do que o custo que a pessoa teria em construir um controle do zero. Nós falamos sempre aqui, as vezes o custo do nosso cliente foi maior (tempo) procurando o controle do que o preço de aquisição.
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